O PERIGO DO FALSO CONTETAMENTO – DO IMAGINAR QUE JÁ SE CHEGOU AO PONTO ALMEJADO.
O PERIGO DO FALSO
CONTETAMENTO – DO IMAGINAR QUE JÁ SE CHEGOU AO PONTO ALMEJADO.
Ev.
Luciano Costa
Estive meditando
ultimamente sobre qual seria o momento mais difícil de se liderar e pastorear
uma igreja ou pequena congregação?? Muitos diriam que a “plantação do zero”
seria a tarefa mais árdua, não podemos negar que não seja um grande desafio,
todavia, outros diriam que “revitalizar uma igreja” consiste na missão mais
difícil para um líder espiritual. Eu também já cheguei a pensar assim, e não é
errado se chegar a essa conclusão, desde que você esteja diretamente ligado a
um trabalho de revitalização!
Mas após algumas
observações e após lidar com algumas “revitalizações” de pequenas igrejas por
onde Deus me tem levado, cheguei a mais uma constatação. Não foi fácil chegar a
esse pensamento, não foi de forma fortuita que cheguei a esse entendimento, e
digo que se não tivermos cuidado podemos muito bem passar pelo processo sem
perceber que estamos dentro do mesmo.
É muito delicado você
chegar para uma igreja que “aparentemente está bem” e informá-la que esse não
está sendo o seu melhor momento! Acredito que o momento mais delicado na vida
de uma igreja é quando ela acha que está tudo bem! Quando a mesma já não
consegue perceber suas necessidades reais de quebrantamento, arrependimento,
busca de Deus, engajamento missionário e etc.
Quando a mesma olha para
dentro e acha tudo arrumadinho, bonitinho, organizadinho... Isso pode acontecer
com qualquer congregação e/ou igreja que tenha passado por um processo de
revitalização! Quem sabe na ânsia de ver as coisas voltarem a acontecer, de ter
de volta as coisas funcionando, esta não perceba que ainda há muito a ser
conquistado e que suas aspirações estão muito aquém da dimensão daquilo que
Deus tem para ela.
Nesse processo podemos
entrar no automático e não percebermos que não estamos tão envolvidos com
Deus e com a sua obra quanto imaginamos estar! É perigoso quando a
igreja começa a dizer: “Já está bom! Já chegamos ao nível máximo que poderíamos
alcançar”! Porque estamos utilizando meios humanos para detectar a dimensão
daquilo que Deus quer fazer através de nós!
A excelência no servir
será sempre um alvo que precisamos chegar! Jamais chegaremos ao máximo que
pudemos chegar em servir! É necessário olhar para a Palavra de Deus para
pudermos examinar o quanto ainda precisamos avançar e não nos conformarmos com
alguma coisa que tenhamos feito!
Quando estamos no
processo de plantação de novas igrejas há todo um esforço e mobilização para
ganharmos almas, discipulá-las, integrá-las a igreja local. Não medimos
esforços para evangelizar, pregar, etc. Agimos por fé e somos ousados!!
Quando estamos num
processo de revitalização de igrejas, damos tudo para ver o agir de Deus na vida
dessa igreja, oramos, jejuamos, visitamos os irmãos, oramos por todos,
aconselhamos, etc. No intuito de ver aquele trabalho ganhar vida e despertar.
Porém, quando a
própria igreja acha que está tudo bem?! O que podemos
fazer? Quando a igreja sem basta a si mesma! Quando, como líderes
“cobramos” algum tipo de engajamento, logo muitos dizem, esse pastor cobra de
mais, quer exigir demais! Quando a igreja está na fase que ele denomina
“estamos bem”, ela se torna cumpridora de programas, escalas e afins. Ela não
consegue focar no essencial, ela não enxerga novos desafios, ela não quer
desenvolver novas ações para ampliar seu alcance, enfim ela já está num
“excelente patamar”.
Como líderes, corremos o
risco de estagnarmos, e adentramos numa “cultura de manutenção”, na qual
ficamos satisfeitos em administrar determinada quantia de recursos, quer sejam
humanos, ou financeiros, e nossa preocupação será mantê-los, e não cumprir a
agenda de Deus.
Portanto, acredito
piamente, que todas essas situações nos são extenuantes, mas quando analisamos
na prática, a última acaba nos desgastando bastante. Porque é difícil você
convencer alguém que não quer ou não aceita sobre determinada situação,
simplesmente porque essa ou essas pessoas não se sentem assim! Como despertar
uma igreja que se acha avivada? Como engajar crentes que acham que já estão
“trabalhando demais”? Como mostrar a não ser pelo ensino sistemático da Palavra
de Deus que essa igreja que se acha, rica, empoderada, precisa comprar colírio
para ver a sua real situação?!
Concluindo, mas não
terminando, pois essa é uma discussão bem mais vasta do que um curto e simples
texto possa comportar! Precisamos tomar cuidado com o falso contentamento,
quando na verdade estamos nos acomodando a determinada situação, ao invés de
termos coragem e ousadia para enfrentá-la e contorná-la em Cristo!
30 de abril de
2023.
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